12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. 14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15 Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. 17 Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. 19 Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. 21 Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. 23 Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. 25 Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa.
Jesus nos ensina que estando Nele estamos no Pai, que não há como estarmos no Pai sem estarmos Nele. Ele é a videira e nós subsistimos Nele, o Pai é o lavrador de si mesmo, pois é razão e conseqüência ao mesmo tempo. Nós somos apenas o canal por onde passa a seiva para a produção do fruto.
Estar Nele significa está podado por Ele para que, Nele, venhamos a produzir frutos dignos de arrependimento, frutos do Espírito. Os frutos não são produzidos por nós, mas em nós, pois não somos o fim último da frutificação que resulta na glorificação do Pai, somos apenas “canaletas” por onde passa a água da chuva para fertilizar a terra estéril.
Limpos por sua palavra a nós ensinada! Podados para a frutificação.
Somos apenas ramos, “canaletas” e para que sejamos utilizados por Ele é necessário que estejamos limpos por sua palavra, do mesmo modo que folhas obstruem a passagem da água por uma canaleta não limpa.
Nenhum fruto é proveniente de nós mesmos. Nossos adjetivos são de todo estéreis naquilo que só se faz em Jesus, por amor do Pai. Tanto que, sem Ele, o que nos resta é o fogo ardente já que o ramo de si mesmo, sem a videira, nada produz para a vida.
É necessário estarmos Nele para que esteja em nós, a fim de que venhamos a querer tudo o que ele quer e que, em nós, ainda que para os outros, muitos frutos sejam produzidos. Frutificar em Deus não possui uma finalidade em nós mesmos. Já que os frutos em nós produzidos servirão de alimento para outros que uma vez alimentados, frutificarão a seu tempo.
O pai só é glorificado em nós quando nossa vida apresenta frutos que são resultado de um ramo completamente vinculado à videira que tenha sido limpa por aquele cujas mãos nos pode de fato limpar.
Com a mesma intensidade que o Pai amou a Jesus Ele nos amou, devemos estar firmes neste amor obedecendo ao Pai que se revelou no filho por amor de nós. Assim é que frutificamos de verdade, em completude de propósito para com Deus.
É difícil, para não dizer impossível, mensurar o amor de Deus por nós para que, semelhantemente, venhamos a amar o próximo com a mesma intensidade.
Por estes deu Ele a vida.
Não dá para ser discípulo de outra forma, só com amor. Muito amor ainda que no mundo, como Ele, experimentemos toda sorte de maledicência.
Temos que conviver com a verdade de que ser amigo de Deus implica, necessariamente, em sermos inimigos do mundo.
Devemos nos firmar Nele para que nos afirme em si mesmo, por amor de nós e dos que estão à nossa volta.
Não nos cabe julgar se nossos amigos são de fato amigos de Deus. Devemos é estar prontos para que de nós se alimente com os frutos da vida, sabendo que não procedem de nós mesmos, mas apenas passam por nós produzindo vida em nós também.
Oro para que tenhamos a consciência do Evangelho sejamos seus amigos a fim de que por sua morte e ressurreição tenhamos a certeza de que viveremos, e não sejamos arrancados Dele e lançados no fogo, já que revelou o Pai a nós e se entregou por aqueles a quem escolheu fazendo-se escárnio para mundo, mas vida para os seus e glória para o Pai.
Fé, Paz, Graça e Vida.
Maurício J. S. Irmão
Recife, 15 de Julho de 2009